Autor(a): Colleen Houck
Serie: A Saga do TigreEditora: ArqueiroAno: 2011Páginas: 344ISBN-10: 8580410266Sinopse: A Maldição do Tigre - Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco.
Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele.O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço.Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem.
Já faz um tempo que escrevi essa resenha, mas como eu estava sem blog, resolvi postar agora.
Depois de passar um mês e meio
enrolando, eu usei um pedacinho do meu carnaval para terminar de ler
A Maldição do Tigre. E embora tenha sido uma leitura maçante e com
algumas queixas, o saldo terminou positivo. Vocês entenderão ao
longo da resenha porque o livro terminou não sendo um desperdício
de tempo e dinheiro.
Já fazia um bom tempo que eu vinha
querendo ler a Saga do Tigre, tanto por ouvir críticas positivas,
quanto pela sinopse com ares de conto de fadas moderno e indiano.
Infelizmente acho que criei muitas expectativas em cima do livro, que
acabaram não sendo alcançadas plenamente.
O livro é narrado por Kelsey, uma
jovem órfã de 18 anos que perdeu os pais alguns anos antes e agora
mora com os pais adotivos. Ela sai a procura de um emprego temporário
durante as férias, para juntar dinheiro para a faculdade e acaba
aceitando uma vaga de ajudante num circo que está em temporada na
cidade. Suas funções são venda de ingressos, limpeza e o
principal, ajudar a cuidar da principal atração do circo, um tigre
branco, chamado Dihren, com o qual ela sente um conexão e carinho
imediato. Durante as duas semanas do emprego ela começa a ficar mito
tempo na companhia do tigre, lendo Shakespeare e poesia para ele.
Quando o Sr. Kadam, novo comprador do tigre, aparece com uma proposta
de emprego durante o resto do verão para que ela acompanhe o tigre
na viagem até a Índia, ela aceita de imediato sem desconfiar que
sua vida sofrerá uma grande mudança.
Na Índia Kelsey descobre que seu amigo
tigre, é na verdade um príncipe que vive há mais de 300 anos sob
uma maldição. E mais, que de alguma forma ela pode ser capaz de
quebrar essa maldição. A partir daí começa uma jornada pelas
cidades, templos e monumentos da Índia em busca de uma objeto
sagrado que pode livrar Dihren e seu irmão da maldição que os
mantêm presos na forma de animal há três séculos.
Como eu já disse acima, eu fiquei um
tantinho decepcionada com a história. Mas por que você não gostou
tanto assim do livro Mila? Por dois motivos bem simples. O primeiro
deles é nossa protagonista Kelsey. Eu sou um pouquinho chata com
mocinhas, poucas são aquelas que me conquistam, e por isso eu tenho
uma pequena lista de sagas e series abandonadas graças a minha falta
de empatia com protagonistas (Nora, Lena, Ever...). E mesmo que a
Kelsey ainda não esteja na extremidade inferior da lista, está
muito longe do topo. O que eu mais detestei nela, era o fato dela
aceitar muito facilmente, sem nenhum questionamento tudo que lhe era
proposto. Por exemplo, no momento em que Ren se revela, ela aceita
tudo com uma tranquilidade tão tão absurda, que chega a ser surreal
e forçada. E se a autora tentou esboçar alguma resistência por
parte da Kelsey em relação a isso, foi em vão. Tudo bem, isso não
é tão ruim a ponto de eu odiar uma personagem, né? O problema é
que de repente ela resolve ser resistente a alguma coisa, mas não em
relação a situação sobrenatural na qual está envolvida, mas sim
ao romance. Cara, não tenho paciência para mocinhas problemáticas
demais, nem passivas demais. Acho que existe um meio-termo para não
deixar que elas se tornem tolas.
O outro motivo, embora em menor escala
que o anterior, foi o ritmo da história. Achei que faltou um pouco
de emoção e intensidade nos clímax da história. Faltava algo que
de fato me prendesse nas páginas, independente do meu grau de sono,
fome ou qualquer outra coisa. Os momentos de ação eram rasos, e o
romance muito embromado. Por isso demorei a terminar e ainda acabei
lendo uns três livros durante esse longo mês e meio.
Mas como eu também já disse acima, o
saldo da leitura não foi tão desastroso. Há coisas que salvaram a
leitura. Embora não tenha sido tão aprofundada quanto eu pensei que
seria, a forma como a autora abordou os mitos e a cultura indiana foi
legal. E o modo como ela elaborou as profecias também me deixaram
encantada. Além dos momentos em que ela introduzia a poesia e
citações a Shakespeare, que acabavam enriquecendo a Kelsey.
E claro, que eu não poderia encerrar
essa resenha, sem falar dos dois irmãos tigres, em especial do Ren,
que se tornou meu queridinho. O personagem, tanto como tigre quanto
como homem é encantador. Um verdadeiro príncipe encantado. Só a
retardada da Kelsey que fica bancando a resistente em relação a
ele. Ele é protetor, apaixonado, carinhoso, charmoso, lindo ah... um
fofo com ela. E se você não gosta de príncipes encantados, eu lhe
apresento Kishan, o irmão bad boy de Ren, sombrio, mas engraçado e
tão cortês e sedutor quanto o outro. Embora eu costumo preferir os
bad boys, nesse caso, eu fico com Ren. Já ficou meio nas entrelinhas
que provavelmente role um triângulo amoroso, mais por parte do
Kishan do que da Kelsey (ela é burra até pra isso), mas ainda não
ficou às claras.
E por fim, o enredo de A Maldição do
Tigre, me conquistou com o final, pela curiosidade latente que o
livro deixa induz no leitor, quando a gente começa a entender como
de fato a maldição será quebrada, com os desdobramentos do romance
e o surgimento de uma figura que promete antagonizar a trama. Então,
sim eu ainda desisti da Saga do Tigre, escrita por Collen Houck. E
ainda tenho esperanças de que os próximos livros deixem de lado a
fase introdutória e partam para a aventura e emoção que eu procuro
em romances de aventura.
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